Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade dos brasileiros de 16 a 25 anos têm o vírus HPV.
Fonte: Climep
Estudo realizado pelo Ministério da Saúde divulgado em 27 de Novembro de 2017, indicou que o vírus HPV tem prevalência estimada de 54,6% entre os jovens com idade entre 16 e 25. Desses, 38,4% são casos com um alto risco para o desenvolvimento de câncer.
Para realizar o estudo, o Ministério da Saúde contou com a parceria do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre-RS e entrevistou 7.586 pessoas em 26 capitais brasileiras, além do Distrito Federal.
O que é HPV?
Do inglês, Human Papiloma Virus, o HPV é uma doença sexualmente transmissível que possui mais de 200 subtipos. 40 dele são facilmente transmitidos pelo ato sexual e cerca de 12 são considerados de alto risco, por poderem levar ao câncer. Os subtipos 16 e 18 são os grandes responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo de útero, pênis, vulva, canal anal e de orofaringe. Todos com tratamentos difíceis para a já debilitada saúde do paciente.
Outro exemplo são os subtipos 6 e 11, causadores das verrugas em regiões de mucosas, genitais e ânus em 90% dos casos. Apesar da relação sexual ser a principal forma de transmissão do vírus HPV, ele também pode ser disseminado através de objetos pessoais que estejam contaminados, pelo sangue, pelo beijo e durante o parto.
Vida sexual jovem
O estudo também revelou dados referentes à saúde sexual desses jovens. Em média, a idade de início da atividade sexual deles é de 15,3 anos, sendo 15,4 anos para mulheres e 15,0 anos para homens. Já 16,1% dos jovens têm uma doença sexualmente transmissível (DST) prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. Um outro detalhe é que 47,7 % das mulheres já engravidaram. Dessas, 63,4 % tiveram um filho e 35,4 % tiveram 2 ou mais.
Como se prevenir contra o vírus HPV
A prevenção pode ser feita por meio de preservativo e, principalmente, através da vacinação. Isso porque o vírus HPV pode estar presente em áreas que não estão cobertas pelo preservativo, como as mucosas.
No Brasil, duas vacinas registradas e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância e Saúde (ANVISA) estão disponíveis para a prevenção.
- – A vacina quadrivalente – que oferece proteção contra os tipo 6, 11, 16 e 18
- – E a vacina bivalente – que oferece proteção contra os tipos 16 e 18.
Apesar da vacinação prevenir cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, é importante ressaltar os cuidados que devemos ter com nosso corpo. Limpeza e consultas médicas de rotina aos urologistas e ginecologistas são essenciais.
A realização periódica de exames, ajuda na identificação de possíveis lesões precursoras do câncer, evitando o desenvolvimento da doença.
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