HOME / Corrimento Vaginal
O corrimento vaginal é uma infecção que pode ser causada por vários agentes como: bactérias, fungos, protozoários e vírus. Também pode ter relação com outras doenças como: pólipos cervicais, câncer ou sífilis.
A mulher possui uma secreção normal, chamada muco, que se modifica conforme o ciclo menstrual. No início do ciclo, logo após a menstruação é um muco claro e pouco abundante, à medida que nos aproximamos do meio do ciclo observa-se uma secreção mais abundante e gelatinosa, que corresponde à época da ovulação.
Após o período ovulatório a secreção passa a ser mais espessa e um pouco amarelada até que chegamos novamente na menstruação. Esta secreção vaginal (muco) é normal, acontece todo mês, não existe ardor, coceira, etc, apenas a umidade vaginal normal.
Quando temos sintomas irritativos, necessitamos do exame ginecológico para identificação do agente causador.
Candidíase ou Monilíase Vaginal
É um dos mais irritantes corrimentos, pois provoca corrimento espesso, tipo leite talhado e, geralmente, acompanhado de coceira ou irritação intensa. Cândida é o fungo que provoca a candidíase, uma micose. Aparece em organismos com baixa imunidade ou quando a resistência vaginal está diminuída. Entre os fatores determinantes estão: o uso de antibióticos, gravidez, diabetes, infecções, deficiência imunológica, bem como medicamentos como anticoncepcionais e corticóides. Às vezes o parceiro aparece com pequenas manchas vermelhas no pênis.
O tratamento é feito com antimicóticos, melhoria das condições de higiene e ventilação local. Evitar ficar com roupa molhada por muito tempo no verão, na piscina ou na praia, demorar para tirar o biquíni ao voltar para casa e tomar banho logo, são fatores importantes para evitar o aumento desta infecção.
Possivelmente, cerca de 90% das mulheres se infectam pela cândida ao menos uma vez na vida. Esse tipo de fungo costuma aparecer frequentemente uma semana antes do fluxo menstrual.
Trichomonas Vaginalis
Trichomonas vaginalis é um corrimento adquirido através das relações sexuais ou em contato íntimo com a pessoa contaminada.
Produz corrimento líquido que dá ardor e coceira em menor intensidade que a Cândida, com corrimento liquefeito de coloração amarelada ou esverdeada.
O diagnóstico é feito através de exames clínicos. No tratamento devem ser usados antibióticos e quimioterápicos, além de ser obrigatório que o parceiro se trate também. Poderia ser evitado com uso de preservativos durante o ato sexual.
Vaginose Bacteriana
É provocado por um desequilíbrio da flora vaginal e proliferação de bactérias, que podem trazer vários sintomas como:
• Forte e desagradável odor vaginal principalmente durante a menstruação e nas relações sexuais.
• Ardor vaginal e irritação local intensas
• Ardência externa ao urinar
• Corrimento líquido acinzentado ou branco.
Além destes sintomas pode causar prematuridade, provocando rompimento prematuro da bolsa na gravidez. Predispõe a mulher a contrair outros tipos de infecções (HPV, Chlamydea, Neisséria) que podem levar à infecção tubárea, esterilidade e gravidez nas trompas. Não é considerada uma doença sexualmente transmissível, qualquer mulher mesmo sem contato sexual pode contrair este tipo de corrimento.
Trata a base de antibióticos e pode ser estendido ao parceiro. No homem não há sintomas da doença. É diagnosticado pelo exame clínico, exames de laboratório e papanicolau. Pode também ser diagnosticado por um teste químico realizado no próprio consultório médico.
Papiloma Vírus Humano (HPV)
A infecção pelo Papiloma vírus humano é sexualmente transmissível e pode acometer homens e mulheres.
HPV ou Papiloma Vírus Humano pode se alojar na vagina, na vulva, no colo do útero ou no reto. Na vulva, essa doença é conhecida por condiloma genital ou crista de galo; na vagina e colo do útero aparecem lesões que podem ser visíveis ou microscópicas. Alguns tipos de HPV são responsáveis por 99% dos casos de câncer do colo do útero.
O exame de prevenção de câncer do colo do útero (Papanicolau) deve ser realizado anualmente e existem alterações neste exame que podem indicar a presença do vírus.
A suspeita inicial pelo exame ginecológico e/ou Papanicolau alterado, se confirmará com exames complementares como a colposcopia e a biópsia da área suspeita. Assim como a detecção do DNA do vírus através de exames especializados que são capazes de identificar quais são os subtipos de vírus e se são cancerígenos.
• Uso de preservativo
• Vacina: imuniza contra os tipos de HPV causadores de câncer. Preferencialmente, a partir de 9 anos de idade, a imunização deve realizar-se em meninas e meninos antes de iniciar a atividade sexual.
Vaginites – vaginite atrófica (por falta de hormônio) da menopausa, pós-parto ou durante a amamentação. Além disso existem as vaginites alérgicas provocadas por uso de camisinha, diafragma, espermicida, creme lubrificante, absorvente externo e interno. Assim como as calcinhas de lycra, nylon entre outros tecidos sintéticos como roupas apertadas, jeans e meia-calça.
Vulvites – inflamações da parte externa dos genitais ou vulva causadas por: papel higiênico colorido ou perfumado, sabonetes perfumados ou cremosos, shampoos e condicionadores de cabelo, sabão em pó e amaciantes de roupas, detergentes, desodorantes íntimos, uso do chuveirinho como ducha vaginal.
Cervicites – inflamações do colo do útero causadas pelas mesmas origens infecciosas já detalhadas nas vaginites, pelo uso de anticoncepcionais hormonais, ectopias (popularmente conhecidas como “ferida do colo do útero”), pólipos e câncer.
Os fatores que contribuem para o surgimento de corrimentos vaginais são:
• Higiene pessoal e da roupa íntima inadequadas;
• Roupas apertadas que podem machucar, traumatizar o tecido da vulva e favorecer o corrimento vaginal;
• Tecidos sintéticos como lycra aumentam a temperatura local e favorecem a proliferação de bactérias. O ideal é utilizar calcinha de algodão, pois tem melhor ventilação;
• Evitar o uso de amaciantes na lavagem da roupa íntima, sabonetes muito perfumados, papel higiênico perfumado, pois são irritantes. Os sabonetes pouco perfumados, ou neutros, são os mais recomendados, como o de glicerina, por exemplo;
• Secar bem o corpo todo, inclusive os genitais depois do banho, evitar uso de toalhas e roupas íntimas de outras pessoas;
• Realizar higiene de forma correta passar o papel higiênico da “frente para trás” ao se enxugar, após fazer xixi ou cocô;
• Relações sexuais traumáticas, ou com múltiplos parceiros, sem uso de preservativo.
Os principais sintomas são:
• Coceira
• Inchaço, ardência, dor local
• Odor muito desagradável
• Dor durante o ato sexual
• Aumento da secreção vaginal e mudança da coloração.
Os tratamentos dos corrimentos variam, mas na maioria dos casos são feitos através de medicamentos. Para saber como proceder procure seu ginecologista de confiança. Não aconselhamos a automedicação sem acompanhamento médico adequado.
Diretora Técnica Responsável pela SCOPE Ginecologia Mini Invasiva:
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 / RQE 8614 e 8615
DIRETORA TÉCNICA RESPONSAVEL
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 – RQE 8614 / 8615
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |