A endometriose é considerada uma doença grave e ainda sem cura. Muito já se ouviu falar sobre os sintomas e consequências que ela pode acarretar. O muco chamado de endométrio, que reveste o útero e é eliminado durante a menstruação, começa a migrar e crescer em outras regiões do corpo, afetando ovários, intestino, bexiga e toda a parte externa do útero. O endométrio que está fora do lugar adere às paredes dos órgãos, criando nódulos e causando inflamações que acarretam fortes dores, as chamadas cólicas abdominais, quase sempre de forte intensidade.
Não é possível diagnosticar o grau da lesão apenas pelas dores intensas. Somente exames específicos classificam o estágio da endometriose, que pode ser de intensidade leve a severa. Não existe a cura definitiva, apenas tratamentos que auxiliam no bem estar. Pelo menos metade das mulheres que sofrem de endometriose apresentam um grau severo, com dores que chegam a ser incapacitantes, afetando a qualidade de vida profissional e pessoal.
De onde vem este problema? Não existe resposta, mas estudos mostram que alguns fatores como menstruação retrógrada, hereditariedade e sistema imunológicos deficientes podem ocasionar ou estar diretamente ligados às causas da endometriose.
Ainda hoje, o diagnóstico é demorado. Muitas mulheres não dão a devida importância aos sintomas e estes também não têm a divulgação necessária para que sejam percebidos com maior rapidez. De cólica, muitas mulheres sofrem. Talvez por isso aquela dor mais intensa, que não passa com analgésicos, pode ser vista apenas como ‘cólica’. Muitas mulheres acreditam no velho ditado: ”Depois do primeiro filho, passa”, mas é preciso estar atenta: dores muito intensas são sinais importantes da endometriose.
Outros sintomas também podem ajudar na detecção da endometriose, como dores durante as relações sexuais, dificuldade para urinar ou evacuar durante o período menstrual e sangramento intenso.
Os tratamentos vão de medicamentos a cirurgias específicas, hoje mais comumente as laparoscopias (cirurgias por vídeo), que ajudam a reduzir as dores e a melhorar a qualidade de vida. Não são poucas as vezes em que a primeira medida é o uso contínuo de anticoncepcionais, para inibir a menstruação. Outra opção é a cirurgia, que atualmente é bem menos invasiva do que há 10 anos, por exemplo. Em ambos os casos, essa indicação deve ser definida pelo médico ginecologista.
Com equipamentos cada vez mais sofisticados, a remoção do tecido endometrial aderido aos órgãos ou até mesmo a retirada de útero, ovário ou parte do intestino, quando necessário, são procedimentos realizados de forma rápida e sem complicações. A paciente retorna às atividades mais rapidamente e apresenta melhora considerável dos sintomas. Apesar disso, as lesões podem reaparecer anos após uma intervenção cirúrgica, portanto, manter o acompanhamento médico é fundamental.
O mais importante é cada mulher estar atenta ao funcionamento do seu organismo e sempre procurar ajuda médica ao menor sinal de anormalidade. O diagnóstico precoce oferecerá a possibilidade de tratamento menos invasivo e pode melhorar a qualidade de vida, assim como, auxiliar em futuras gestações. Endometriose não tem cura, mas tem tratamento.
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