Endometriose e adenomiose
Endometriose e adenomiose são doenças que decorrem do crescimento anormal do endométrio, camada interna do útero que é expelida na menstruação. Como ambas são estrógeno-dependentes, tendem a inflamar e provocar cólicas severas, sobretudo no período menstrual.
Apesar desta semelhança, as doenças distinguem-se quanto à área em que o tecido endometrial anômalo se encontra implantado. “Enquanto na endometriose as células do endométrio crescem para fora da cavidade uterina, como nos ovários, trompas e até intestino, na adenomiose elas se infiltram no miométrio, que é a camada muscular do útero”, explica a Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi, ginecologista da Scope.
Os principais sintomas das doenças
Por acometerem lugares distintos do sistema reprodutor feminino, endometriose e adenomiose provocam alguns sintomas característicos, que variam em intensidade e podem comprometer a qualidade de vida.
Além de cólica menstrual intensa e progressiva, as portadoras de endometriose queixam-se de dor no ato sexual (dispareunia) e podem apresentar dificuldade para urinar e/ou evacuar.
Já os sintomas associados à adenomiose são: cólica menstrual, inchaço abdominal e sangramento menstrual abundante e prolongado.
Como em ambas as doenças os sintomas não são exclusivos e podem ser confundidos com os provocados por outras alterações, precisam ser investigados de maneira bastante detalhada.
Assim, o ponto de partida da investigação é uma boa avaliação da paciente, com atenção para o histórico clínico, fatores de risco e exame físico. Em seguida são solicitados exames de imagem especializados – como ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética da pelve e outros – para confirmar a suspeita e fechar o diagnóstico. Para a endometriose, a videolaparoscopia é considerada o padrão-ouro, pois permite estadiar a doença e, ao mesmo tempo, tratá-la.
Tratamentos da endometriose e adenomiose
Endometriose e adenomiose exigem condutas terapêuticas diferentes e específicas para cada paciente, sempre individualizadas.
Nos quadros de endometriose, o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo da extensão das lesões, da idade da paciente e de seu desejo reprodutivo.
De acordo com a Dra. Ivani, medicamentos que bloqueiam a ovulação e a produção de estrógeno – como anticoncepcionais orais contínuos, DIU hormonal e análogos de GnRH – visam controlar a progressão da doença e amenizar os sintomas. “Já a abordagem cirúrgica por videolaparoscopia possibilita a remoção total das lesões de endometriose de forma minimamente invasiva”, afirma.
No caso de diagnóstico de adenomiose, a conduta terapêutica também precisa ser prescrita de maneira individualizada. De modo geral, o desconforto provocado pelas cólicas fortes é bem controlado com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Porém, dependendo do grau de infiltração do tecido endometrial na musculatura uterina, os sintomas são mais severos e requerem a administração de medicamentos hormonais.
A remoção cirúrgica do útero pode ser uma opção de tratamento da adenomiose, mas apenas para pacientes que já tiveram filhos. Para estes casos, a histerectomia por videolaparoscopia é a técnica cirúrgica menos agressiva e que possibilita uma melhor recuperação da paciente.
Em caso de cólicas intensas, dificuldade para engravidar e dor na relação sexual, consulte uma clínica especializada como a Scope. Quanto antes doenças ginecológicas forem identificadas, melhores serão os resultados do tratamento, assim como a qualidade de vida da paciente.
A Scope atua no diagnóstico e tratamento de patologias ginecológicas através de técnicas modernas e minimamente invasivas. Entre em contato e agende a sua consulta online ou pelo telefone (11) 3849-1818.