Câncer de Mama

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é um dos tipos de câncer que mais acomete as mulheres. Em média, anualmente, a cada 100 mil mulheres, 51,9% apresentam câncer de mama.

Quais são os fatores de risco para se desenvolver esse tipo de câncer?

O câncer de mama não possui uma única causa e apresenta diversos fatores relacionados ao risco de desenvolvimento, apresentando-se de forma multifatorial. Atualmente, alguns fatores de desenvolvimento da doença já são conhecidos, como:

•  Maiores de 50 anos e com idade avançada;
•  Fatores endócrinos, com maior risco de exposição ao estímulo do hormono estrogênio;
•  Pacientes que fazem uso de terapia hormonal ou uso de anticoncepcionais orais e hormonais;
•  Pacientes que tiveram gravidez acima dos 30 anos (tardia);
•  Nunca ter tido filhos (nuliparidade).

Além disso, fatores ambientais e comportamentais, como consumo de álcool, sobrepeso, obesidade, sedentarismo, exposição à radiação, histórico de câncer na família e fatores genéticos e hereditários também aumentam a incidência de câncer de mama.

Câncer de Mama
Câncer de Mama

Como prevenir?

Algumas das principais dicas para preservar a saúde das mamas são:

• Realize mamografia e rastreamento conforme recomendação médica;
• Alimente-se de forma saudável;
• Faça exercícios físicos;
• Evite o consumo de álcool;
• Evite exposição à radiação, pois é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer;
• Conheça os fatores de hereditariedade, pois histórico de câncer na família exige uma atenção mais precoce ao desenvolvimento de câncer de mama.

Além disso, amamentar também ajuda a prevenir o câncer de mama. Durante a amamentação, o corpo não produz estrogênio, hormônio responsável por desencadear a formação de tumores. Por isso, quanto mais tempo você amamentar, maior será a proteção.

Quais são os exames de rotina para identificar e prevenir o câncer de mama?

Primeiramente é importante dizer que é de suma importância realizar o acompanhamento médico adequado para ter um diagnóstico correto. Uma boa orientação e a detecção precoce da doença auxiliam no tratamento do câncer de Mama.

Mamografia

É o principal exame a ser feito, pois identifica o câncer antes dele ser palpável. A mamografia é um raio-x da mama. Esse exame permite observar lesões, nódulos e assimetrias. O exame é feito após os 40 anos e segue orientações da OMS (organização mundial da saúde) e da SBM (sociedade brasileira de mastologia)

Em alguns casos, pode ser realizado mais cedo para mulheres que apresentam lesões e antecedentes familiares.

É um exame realizado anualmente para rastreamento.

Exame Físico

O exame físico é um dos primeiros passos para diagnosticar o câncer de mama. Ele pode ser feito por meio do autoexame, ou conduzido por um especialista.

Esse exame é realizado por meio de palpação na mama para identificar nódulos e outras lesões.

Ultrassom

O Ultrassom da mama deve ser realizado anualmente e por um profissional especializado. Pode ser recomendado após a mamografia se forem encontradas alterações na mama. Por meio da ultrassonografia é possível identificar os tipos de lesões e confirmar o diagnóstico.

Exames de Sangue

O exame de sangue é utilizado para acompanhamento ou em casos especiais. Esses casos são relacionados à herança genética.

Biópsia

A biópsia é a punção da mama, cistos e nódulos. Apresenta restrições e indicações especificas para a solicitação. Pode auxiliar em diagnósticos precisos e orientados.

Retirar o ovário pode auxiliar no tratamento?

Sim, porque os ovários são um grande produtor de hormônios. 

Mas essa decisão deve ser analisada com muita cautela e junto com um 

médico especialista.

Como é feito o tratamento?

Em casos de alto risco, a cirurgia redutora de risco é indicada. Essa cirurgia retira as mamas ou parte delas onde se encontram o foco do nódulo e/ou lesão.  

Qual a relação do Câncer de Mama com o Endométrio?

Dos tratamentos que existem para os tipos de câncer de mama, a hormonioterapia é um dos mais utilizados.

Atualmente, alguns medicamentos utilizados para hormonioterapia  permitem controlar o crescimento e evolução da doença. Devido a isso, em muitos casos, são utilizados de forma profilática, dependendo do tipo de lesão e histórico familiar.

Contudo, o endométrio responde à ação desses hormônios.

Desse modo, é muito importante fazer o controle da parede interna do útero (endométrio), que pode ser realizado por meio de ultrassom, avaliação do histórico da paciente, presença ou não de sangramento e videohisteroscopia.

Aliás, a videohisteroscopia permite observar o endométrio de forma direta, atuando na avaliação e tratamento de possíveis alterações relacionadas ao câncer de mama ou tratamento utilizado.

DIU e Pílulas podem agravar o Câncer de Mama?

 Alguns tipos de câncer são suscetíveis aos hormônios presentes no DIU e nas pílulas anticoncepcionais

Esses hormônios podem fazer com que o câncer cresça mais rápido.

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Diretora Técnica Responsável pela SCOPE Ginecologia Mini Invasiva:
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 / RQE 8614 e 8615